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Guerra e Paz, de Cândido Portinari 4 de maio de 2012

Posted by Cássia Alves in #ficadica, Museu.
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Há algumas semanas, fui visitar a exposição “Guerra e Paz”, que mostra os painéis de Cândido Portinari que estavam expostos no hall de entrada da Assembléia Geral no escritório da ONU em Nova Iorque. As pinturas são os últimos murais de Portinari, encomendados pelo governo brasileiro para estarem na sede das Nações Unidas.

Lá no Memorial, a exposição se divide em três espaços: na galeria Marta Traba, estão os estudos do artista, que mostram detalhes e todo o trabalho por trás das obras. Desenhos, detalhes, os instrumentos utilizados, reportagens da época, além da projeção do documentário “Guerra e Paz”:

A biblioteca Latino Americana apresenta um panorama do conjunto da obra do autor, com mais de 5 mil obras apresentadas em uma projeção cronológicas dos trabalhos. Por último, no Salão Aros Tiradentes, estão os painéis “Guerra” e “Paz”, apresentados junto com mais uma projeção que explica os detalhes da obra de um jeito impressionante, emabaladas por canções de Heitor Villa Lobos e com os poemas “A Mão”, de Carlos Drummond de Andrade e “Guerra e Paz”, de Milton Nascimento e Fernando Brandt.

A construção da exposição é fantástica e merece uma visita que demande boas horas para apreciação de todos os detalhes. Tirei algumas fotos e fiquei simplesmente encantada com tudo o que vi (e dava pra fotografar 😉 ):

O Memorial estendeu a exposição até o dia 20 de maio. Mega vale a visita! 😉

Guerra e Paz, de Portinari
Exposição dos painéis pintados por Candido Portinari
Período: 7 de fevereiro a 20 de maio de 2012
Local: Fundação Memorial da América Latina
Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664 – ao lado do metrô Barra Funda – São Paulo
Horário: terça a domingo, das 9h às 18h
ENTRADA FRANCA

Língua nossa 18 de julho de 2010

Posted by Cássia Alves in Museu.
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O bom de estar de férias em São Paulo e sem muitas alternativas para viajar é que a cidade é este caldeirão borbulhante de coisas pra fazer. Ontem fui conhecer o Museu da Língua Portuguesa, que por uma grande falha minha, nunca tinha ido. Fui para ver principalmente a exposição Menas, por recomendação do meu querido amigo do Ensaios. A exposição mostra acima de tudo a língua é uma das melhores características de evolução de uma sociedade, por seu poder mutável e adaptável às realidades cotidianas.

Com uma bela curadoria de Eduardo Calbucci, logo no início, aparecem paineis com diversas palavras, que por meio de uma plaquinha na frente de cada coluna, você poderia observar por um buraquinho a formação de frases que resumiam a exposição. “Língua é uso”, “Saber falar e escrever é fazer-se compreender” e outras decoraram de maneira muito encantadora a saída do elevador do primeiro andar do Museu, dominado por “erros” da linguagem e uma lição de português muito bem dada.

E a exposição vai mostrando a “língua errada, língua certa do povo”, provando que Manuel Bandeira sempre teve razão. Minha parte favorita foi a exibição de uma projeção, com quatro personagens, as Normas: a Norma Helena, certinha e super apegada às regras gramaticais; a Norma Lígia, lexical e que curte mais as palavras em seus lugares corretos; a Norma Brigitte, semântica e portanto preocupada com os significados das palavras; e por fim, a Norma Marria, discursiva, que se preocupa com todas as outras normas ao mesmo tempo.

Consegui achar um vídeo no Youtube com a projeção, não está 100%, mas dá pra pegar a ideia genial da mostra:

Depois, diversas frases são espalhadas, misturadas entre placas de estabelecimentos, para-choques de caminhões e versos de alguns dos melhores autores e músicos brasileiros. Uma ode ao que melhor a cultura brasileira consegue nos oferecer.

E a exposição é um reforço ao próprio conceito do museu em valorizar nossa língua e como a forma de comunicação falada nos ajuda sempre a reforçar a “brasileiridade” de todos nós. O segundo andar do MLP apresenta a exposição permanente sobre a história do português e como a “variante” que falamos aqui no Brasil sofreu influências de todos os lugares do mundo para termos essa versão só nossa da sexta língua mais falada no mundo, segundo a Wikipedia. Uma verdadeira aula com o melhor dos materiais.

E uma visitinha ao Museu pode ser boa pra um pessoal aí que resolveu acreditar que São Paulo tem que ser purista e mandar os migrantes de volta para suas terras. Quem sabe ver um pouco de história e concepção de cultura pode ajudar com que estas pessoas não aprendam a pensar um pouco mais antes de falarem absurdos por aí? #prontofalei

Para encerrar, uma fotinho (de celular, foi o jeito) da frase mais bacana que vi na exposição. E a recomendação eterna de visita ao Museu (a exposição Menas infelizmente acabou hoje, mas tudo lá vale a pena!), lembrando que ele funciona de terça a domingo, das 10h às 18h (mas fique ligado que a bilheteria fecha uma hora antes do museu). O ingresso é R$ 6, e estudantes pagam meia. E aos sábados, entrada gratuita! #superdica, né?